
O horizonte pode parecer infinito para as lagartas
No entanto, o medo da escuridão das crisálidas
Só impede a eclosão das almas aladas
O receio de se lançar nos abismos
Subtrai de ti as cristas do Himalaia
As planícies floridas e suas belezas
Os segredos além das serras escarpadas
O cume inexplorado das montanhas
Os cúmulos e nimbos de longínquos céus...
Nada ficará perdido
Que a mente não possa conceber
Nem a beleza escondida
No veludo das pétalas de rubras rosas
Nem o adocicado orvalho
Que flutua em manhãs primaveris
E todo brilho que as retinas podem perceber
Deflagrando sonhos que retumbam nos céus
Como tonitruante trovão em raízes luz
Ofuscando os cegos que perderam o porvir
Nas rasas covas dos lamacentos jardins
Que espera o fim do inverno para então eclodir
Acreditar é preciso!
Sementes secas germinam...
Das cinzas, fênix renasce...
Os homens invencíveis são...
Dentre tudo que na vida vi
O mais forte é o sonho!
Tornam lagartas em borboletas...
Ovos em pássaros...
Moribundos em vencedores de maratonas...
Tudo pode...
Tudo faz...
Tudo concretiza...
Basta que acredites!
E o distante horizonte se fará palpável
No revoar das suas asas!
Salvador, 20/08/2011
Edson Pereira