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Uma vez me perguntaram: “Os precipícios não o amedrontam?...” Respondi com outra pergunta: “O que sente quando vê um falcão em vôo?...” Ele respondeu: “Paz e plenitude!” Os seres alados jamais se amedrontam com as montanhas, paredões ou precipícios... tudo faz parte da sua trilha, do crepúsculo da alvorada ao poente... do dégradé do início da noite à poeira de estrelas da madrugada. Dizem que homens não podem voar... que o vôo é atributo dos pássaros. Provaremos aqui, em cada linha, que só não voa quem se elegeu eternamente ao patamar das lagartas... Este espaço, não é um convite ao vôo, mas o azimute para que encontre sua crisálida, para que vença o medo da escuridão e mergulhe nela. E no desvendar de si mesmo, possa então estilhaçar casulos e galgar os píncaros distantes da perfeição do próprio vôo. (2/04/2009)

sábado, 20 de agosto de 2011

Horizonte Infinito


O horizonte pode parecer infinito para as lagartas
No entanto, o medo da escuridão das crisálidas
Só impede a eclosão das almas aladas
O receio de se lançar nos abismos

Subtrai de ti as cristas do Himalaia
As planícies floridas e suas belezas
Os segredos além das serras escarpadas
O cume inexplorado das montanhas
Os cúmulos e nimbos de longínquos céus...

Nada ficará perdido
Que a mente não possa conceber
Nem a beleza escondida
No veludo das pétalas de rubras rosas
Nem o adocicado orvalho
Que flutua em manhãs primaveris

E todo brilho que as retinas podem perceber
Deflagrando sonhos que retumbam nos céus
Como tonitruante trovão em raízes luz
Ofuscando os cegos que perderam o porvir

Nas rasas covas dos lamacentos jardins
Que espera o fim do inverno para então eclodir
Acreditar é preciso!
Sementes secas germinam...
Das cinzas, fênix renasce...
Os homens invencíveis são...

Dentre tudo que na vida vi
O mais forte é o sonho!
Tornam lagartas em borboletas...
Ovos em pássaros...
Moribundos em vencedores de maratonas...

Tudo pode...
Tudo faz...
Tudo concretiza...
Basta que acredites!
E o distante horizonte se fará palpável
No revoar das suas asas!

Salvador, 20/08/2011
Edson Pereira


Um comentário:

  1. Ai que saudade infinita das suas palavras... Me faltava a carícia das tuas rimas, e que vem lá de cima do infindável céu...

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