Quem sou eu

Minha foto
Uma vez me perguntaram: “Os precipícios não o amedrontam?...” Respondi com outra pergunta: “O que sente quando vê um falcão em vôo?...” Ele respondeu: “Paz e plenitude!” Os seres alados jamais se amedrontam com as montanhas, paredões ou precipícios... tudo faz parte da sua trilha, do crepúsculo da alvorada ao poente... do dégradé do início da noite à poeira de estrelas da madrugada. Dizem que homens não podem voar... que o vôo é atributo dos pássaros. Provaremos aqui, em cada linha, que só não voa quem se elegeu eternamente ao patamar das lagartas... Este espaço, não é um convite ao vôo, mas o azimute para que encontre sua crisálida, para que vença o medo da escuridão e mergulhe nela. E no desvendar de si mesmo, possa então estilhaçar casulos e galgar os píncaros distantes da perfeição do próprio vôo. (2/04/2009)

sábado, 21 de agosto de 2010

Espelhos


Espelhos
O Sentimento é o tilintar das espadas celestes
O fulgor e o dégradé das emoções
O bailar do combate harmônico dos astros
No sublimar dos sentidos ornado de brumas
E exequível no planar das melodias sublimes

Um vulcão rodeado de cidades
De um lado a impetuosidade e do outro a servidão
Em uma mão, a manutenção cotidiana da vida
Na outra, a evolução mutante e indeterminada da morte
Uma dicotomia simbolicamente antagônica

Mas isso, nos permite erigir revoares impetuosos
Gritos tonitruantes que se reverberam em mundos inimagináveis
Mergulhos indecifráveis em almas no mirar de retinas reticentes
Que anseiam pelo néctar da inquietação que ressuscitam almas
Do lodo imergido no ostracismo construído nas osmoses

Quem somos nós?
Marionetes digladiando com fantoches?!
Descobrimos o obvio, mas se nos gritam que o melhor vôo
Reside no túnel das minhocas, titubeamos em acreditar
E ao lodo nos impregnamos de fétidas almas vãs

Afogados e misturados estamos à unidade
Marchamos na cadência das tropas de autômatos
Camicases desprovidos de coragem e razão
Sonhando um dia no fragmentar do próprio cérebro-casulo
No revoar das asas do amplo discernimento

E quem sabe o inseto símbolo da metamorfose
Pousar não possa nos ombros das cegas minhocas felizes
E balbuciando sua enigmática linguagem abstrata
Olhos abrir possam, num mágico desipinotizar de mentes
Despertando de recônditos profundos os até então perdidos

A reciprocidade é a dualidade mimetizada de unidade suprema
Diletante é para a alma, sentir a simbiose sem perder-se no vácuo da alienação...
Por isso os sentimentos não podem ser mensurados,
Nem expressados na dialética das palavras ou de rebuscados sofismas...
A nós, meros mortais, melhor apenas sentir e reservar-se à sapiência do estado silente!"

Edson Pereira
Reserva Roosevelt-RO, 21.08.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário