
Espelhos
O Sentimento é o tilintar das espadas celestes
O fulgor e o dégradé das emoções
O bailar do combate harmônico dos astros
No sublimar dos sentidos ornado de brumas
E exequível no planar das melodias sublimes
Um vulcão rodeado de cidades
De um lado a impetuosidade e do outro a servidão
Em uma mão, a manutenção cotidiana da vida
Na outra, a evolução mutante e indeterminada da morte
Uma dicotomia simbolicamente antagônica
Mas isso, nos permite erigir revoares impetuosos
Gritos tonitruantes que se reverberam em mundos inimagináveis
Mergulhos indecifráveis em almas no mirar de retinas reticentes
Que anseiam pelo néctar da inquietação que ressuscitam almas
Do lodo imergido no ostracismo construído nas osmoses
Quem somos nós?
Marionetes digladiando com fantoches?!
Descobrimos o obvio, mas se nos gritam que o melhor vôo
Reside no túnel das minhocas, titubeamos em acreditar
E ao lodo nos impregnamos de fétidas almas vãs
Afogados e misturados estamos à unidade
Marchamos na cadência das tropas de autômatos
Camicases desprovidos de coragem e razão
Sonhando um dia no fragmentar do próprio cérebro-casulo
No revoar das asas do amplo discernimento
E quem sabe o inseto símbolo da metamorfose
Pousar não possa nos ombros das cegas minhocas felizes
E balbuciando sua enigmática linguagem abstrata
Olhos abrir possam, num mágico desipinotizar de mentes
Despertando de recônditos profundos os até então perdidos
A reciprocidade é a dualidade mimetizada de unidade suprema
Diletante é para a alma, sentir a simbiose sem perder-se no vácuo da alienação...
Por isso os sentimentos não podem ser mensurados,
Nem expressados na dialética das palavras ou de rebuscados sofismas...
A nós, meros mortais, melhor apenas sentir e reservar-se à sapiência do estado silente!"
Edson Pereira
Reserva Roosevelt-RO, 21.08.2010
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