
Me permito sentir
Tudo que a vida me proporciona viver
E o medo sempre o batizo com o baluarte
Que não me permite recuar
E no limite do topo
Nunca concedo à pretensão
Me estender o trono da inércia
Que me limita uma conquista
Pois nos céus sempre haverão
Espaços mais longínquos
A espera de vitórias porvindouras
E quando lágrimas umedecem minha face
Pela estrela que não consigo tocar com as mãos
Mais forte continuo,
Pois o universo sempre me presenteia
Com tamanha inspiração
Que se reverbera de mundos em mundos
Portanto, toda vez que meu peito chora
Mais alegre o cosmos permanece
Pelas minhas palavras soltas voando ao vento
Que se doam como borboletas camicases
De alimento ao pássaro
Para atingir vôos mais ousados
Rumo à imortalidade
Palavras são mais fortes que homens,
Pois se perpetuam atemporais
Enquanto a carne,
O verme converte em pó
No ciclo natural do germinar ao fenecer
Receba então estas palavras
Como uma rosa vermelha
E aproveite seu aroma e beleza
Nos infinitos segundos que os ponteiros do tempo
Lhe permitam vicejar
Pois o momento presente
Pode ser a única lembrança
Que faça verdadeiro sentido
No distante amanhã.
Edson Pereira
27.05.2004
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