
Raciocínio, mecanismo dedutório e lógico
Construção concreta de fundamento linear
Um parâmetro palpável para o cético
Um momento de rigidez para o místico
A moldura do quadro do pintor
Os cadarços das sapatilhas da bailarina
Mas quando o pensamento ganha formas
O lógico e o concreto se dilatam em surrealismo
O linear em tridimensional
O palpável, fluídico e abstrato se torna
E de lúgubre rígido, flexível se converte
Dando profundidade e dégradé
À estática moldura
E cadarços e sapatilhas, ganham flutuabilidade
Na inexplicabilidade dum mágico bailar
E que grades pode haver
Na liberdade do pensamento humano
Quando cede asas à imaginação?
Das penas esvoaçantes do “ícaro” à liberdade dos “Prometeus”
Vôos vertiginosos que produzem a emoção
Que o retrato jamais proporcionará
Pois não trarão consigo a linguagem dos ventos
A dilatação das penas e a taquicardia do coração
Mas um raciocínio lógico
Que converte em paisagem
Algo que nunca alcançará no élan do pensamento
Que toca, cheira, sente e vê...
Muito além dos olhos da matéria
Quem pensa, não simplesmente existe...
Flutua por terras longínquas e inimagináveis
E está além do tempo e do espaço
Enquanto o raciocínio sobrevive
Aos traços marcados pela sua própria lógica
Traçando caminhos e demarcando
Os limites internos da sua circunscrição.
Edson Pereira
19.09.2005
Ah!! como vc brinca com as palavras...fazendo um verdadeiro “tear”.
ResponderExcluirO que dizer? Só que vc é iluminado!
Obrigada pela oferenda!!
Vou usar, posso???
Bjs
O que me conforta é que cada um de nós é "100%"... Pois somos indivíduos "unos"... mas estamos agregados ao todo!!! Lindo o seu poema... Uma melodia em minha alma!!!
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