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Uma vez me perguntaram: “Os precipícios não o amedrontam?...” Respondi com outra pergunta: “O que sente quando vê um falcão em vôo?...” Ele respondeu: “Paz e plenitude!” Os seres alados jamais se amedrontam com as montanhas, paredões ou precipícios... tudo faz parte da sua trilha, do crepúsculo da alvorada ao poente... do dégradé do início da noite à poeira de estrelas da madrugada. Dizem que homens não podem voar... que o vôo é atributo dos pássaros. Provaremos aqui, em cada linha, que só não voa quem se elegeu eternamente ao patamar das lagartas... Este espaço, não é um convite ao vôo, mas o azimute para que encontre sua crisálida, para que vença o medo da escuridão e mergulhe nela. E no desvendar de si mesmo, possa então estilhaçar casulos e galgar os píncaros distantes da perfeição do próprio vôo. (2/04/2009)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Engrenagens de Mundos


Muitos se sentem impotentes
Para mover as engrenagens
Deste mundo quase atrofiado
De ideais dignos

E estes cirros nos céus
Que a metamorfose cria
Ante olhar intrigado
Namplitude azul roial
Em turbilhões de pensamentos

Enquanto as traças dormem
Poetas escalam montanhas
Na superação dos ousados
Em busca de asas
Perdidas em casulos

Finas teias constroem homens
Na idiossincrasia dos inocentes
Planando inconscientemente
Em céu diferente do convencional

Um mero pé de feijão
Pode enramar-se pelo rígido carvalho
E atingir às nuvens
Antes que o pretensioso galho mais alto
Da descomunal árvore
Ouse blasfemar opulência

As asas dos cavalos selvagens
São mais valiosas
Que o invisível chifre dos unicórnios
Pois as misérias humanas e a fome
Jamais lhes servirão de comparação
Numa escolha entre
O marasmo do conforto
E a privação dos ousados

Enquanto a areia
Da ampulheta do tempo
Escorre fatídica,
Estátuas e pássaros
Trilham caminhos antagônicos
No presente construtor de mundos.


Edson Pereira
20.06.2004

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