
O silêncio é a melodia inaudível
Onde a magia ganha formas
É espaço imaterial preenchido de deduções,
O movimento mítico que doa asas à criatividade
E porquê não dizer:
O erigir da poesia
Desabrochado das brumas
Tão escondida do medíocre cotidiano
É círculo atemporal e infinito
Árvore frutífera de fúteis sabores verdes
E suculento altruísmo pronto para colher
Dualidade dicotomizada de opostos
É o nada para o ignorante
E de infindáveis possibilidades
Para o visionário
Um motivo para se poder sorrir
E uma causa para se querer chorar
Por isso tão temido é...
E tantos buscam desesperadamente
Expurgá-lo de suas existências
Por temor ao mergulho no próprio âmago
Que desmascara “Eus” ocultos
Pelos espelhos de “Meduza”
Ou retratos de “Dorian Gray”
Mas algo tão desprovido de matéria
Poder não deveria ter
Para subjugar tão “sábios seres”
Que de consciência alada
Estratosfera alcança
Mas o véu se descortina...
E o inocente silêncio se abstém da culpa
Não é ele o grande tirano do pavor dos homens,
Mas, as lacunas internas de cada um
Que pagam a preço de ouro
As entrelinhas da própria alma
Edson Pereira
Salvador-BA – 25.04.2005
Silêncio.....na alma e na vida!!!
ResponderExcluirSomente a lembrança de um sorriso!