
Minha alma é um poço de sabedoria
E conhecimentos adormecidos
E as palavras não são somente
O burburinho diante de mim.
Embora tenha que suportar a camuflagem
De línguas hipócritas disfarçadas em dizeres belos
E sem conteúdo que possam vir a significar
O ósculo sincero que busca o meu espírito
Me enxergam distante e distraído
Longe do mundo e de suas neuroses,
Mas em sua visão limitada
Dirigem seu foco apenas para meu corpo
Sem alcançar ou vislumbrar minha alma,
Que flutua em terras longínquas
Pensam que preciso de voz
Para fazer tinir meu brado bárbaro
Sobre os telhados do mundo
Que abafam os ouvidos entre travesseiros
Sem conter minha voz
Perscrutando indômita as mentes da negação
A maior escravidão
Vem dos grilhões do cérebro
Que não permite ver ou sentir
E disfarçam-se de poder
Com chicotes e gritos loucos
Achando que dominam,
Terminam dominados pela própria
Ignorância de si mesmos
Edson Pereira
Salvador-BA – 12/12/95
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